segunda-feira, 16 de junho de 2008

CARLO MAGNO


Rendição
Sou poeta como toda gente
Normal como todo louco
Marcado num ferimento recente
Vivo num palácio pobre, com pouco
Em nuvem que se carregam de negro
Entre raio, relâmpago e trovão
Confundidos no ponto de fusão
Quero sentir-te de perto
Adivinho mesmo teus passos
Mesmo sem ver teu caminho
Até teu gesto de carinho
Roubo de ti os abraços
Com total concentração
Naquele instante de modulação
Leva minha voz, escrito
Devolve o verbo, bendito
(Carlo Magno)

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