Tadany

Ignóbil

Hoje o dia está todo inverso
O sol me rouba energia
Este poema perderá o seu nexo
Para quem não decifrar a alegoria

O sangue da terra chora o amor perdido
A seiva do céu endureceu de tristeza
Fantasma do passado exala seu odor fedido
Névoa alucinógena carregada de torpeza

Quatro velas ansiosamente esperam no lado de fora
Encruzilhada dos ciclos no pedágio universal
Súbito levante originário de uma diáspora
Oráculo de fontes de um líquido remorsal

Hoje o dia esteve inverso
O sol brilhava no lugar da lua
Inefável ato perverso
Carrasco das almas ingênuas.

(Tadany – 12 12 05)

Tadany

Na Montanha da Esperança

O amor acariciava os sonhos

A magia bailava com a ternura

A amizade conversava com a compaixão

O respeito escutava a virtude

A alegria brincava com a inocência

A fraternidade passeava com a tolerância

A bondade acariciava a sabedoria

O amparo carregava a disciplina

A inspiração fazia amor com a ideologia

A fé cantarolava com a verdade

O carinho instigava a benevolência

A liberdade cochichava com a coragem

A admiração contemplava a beleza

A serenidade instigava a firmeza

A retidão admirava a pro atividade

A solidariedade cavalgava com a união.
(Tadany – 27 09 07)

Gilia GerlinG

"De Produndis"

DÓI

sentir mais,

querer menos,

viver tanto,

perder sempre,

chorar tudo.

(Gilia GerlinG )

CADA AVE EM SEU NINHO

CADA AVE EM SEU NINHO

O mal reside na furna da ignorância.
O ódio respira nas trincheiras da discórdia.
A inveja mora no deserto da insatisfação.
A tristeza improdutiva desabrocha no abismo do desânimo.
A perturbação cresce no precipício do dever não cumprido.
O desequilíbrio desenvolve-se no despenhadeiro da intemperança.
A crueldade nasce no pedregulho da dureza espiritual.
A maledicência brota no espinheiral da irreflexão.
A alegria reside no coração que ama e serve.
A tranqüilidade não se aparta da boa consciência.
A fé reconforta-se no templo da confiança.
A solidariedade viceja no santuário da simpatia.
A saúde vive na submissão à Lei Divina.
O aprimoramento não se separa do serviço constante.
O dom de auxiliar mora na casa simples e acolhedora da humildade.
Cada ave em seu ninho, cada coisa em seu lugar.
Há muitas moradas para nossa alma sobre a própria Terra.
Cada criatura vive onde lhe apraz e com quem lhe agrada.
Procuremos a estrada do verdadeiro bem que nos conduzirá à felicidade perfeita, de vez que, segundo o ensinamento do Evangelho, cada espírito tem o seu tesouro de luz ou o seu fardo de sombra, onde houver colocado o próprio coração.
EMMANUEL
(Do livro "Construção Do Amor", Francisco C. Xavier)