Borboleta de Papel
Admiro-te! Voas leve e linda folha,
Trazes ao corpo letras desenhadas,
Para que minha imaginação as colha,
E as pinte nas cores d’alma encantadas.
Bates asas para lá e para cá,
Espalhas mágicos polens de versos,
Semeias poemas flores de manacá,
Dos tons brancos aos lilases diversos...
Que pena tua vida seja tão breve,
E com o repentino cair das chuvas,
A correnteza na sarjeta a leve!...
Ó, borboleta de papel que turvas,
Por águas ora barrentas da verve,
Acode meu amor e suas doces curvas!
(Betha M. Costa)
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