segunda-feira, 16 de junho de 2008

Ah, Meu Cigano... Eu Já Sabia!...


Ah, Meu Cigano... Eu Já Sabia!...
Ah, meu cigano... Eu já sabia!...
Conheço teu jeito sem sossego...
Teu temperamento, teu sangue...
Sabia que voltarias para o meu leito!
Entre farras e algazarras, na noite...
Sou tua perdição... Teu tormento!...
Se vais, voltas logo, sou tua doce fera.
Teu temor é outro no acampamento!...
Minha boca vermelha te chama...
Minha cintura ondeando te alucina,
Meu cheiro te acende, incendeia...
Sou tua mulher, tua fêmea e menina!
Carta marcada, coringa... - Seduzindo,
Chamando para o amor na madrugada.
Teus desejos se derramam em fogueira,
Bebem meus beijos entre gargalhadas...
Ah... Meu cigano... Eu já sabia!...
Que outra vez aquela porta cruzarias!
Morto de ciúme... Saudade e desejos...
E que do meu corpo... Te saciarias...
Sou teu destino, o licor da tua vida...
Te amo, te quero em minha tenda...
Tirando meu baton... Nu em pêlo...
Numa melodia de amor estupenda!
Ah... Meu amado cigano... Eu já sabia...
Do vício, da tua volta na vida minha!...
Por mais que as ciganas te chamem...
Só esta cigana... te adoça e extasia!...
(Marilena Trujillo)

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