sou o templo
dos meus tantos deuses
criados a esmo e à revelia
para amparar os meus tormentos
para estancar minha sangria
sou a vila
das minhas casas
das tantas e tantas moradas
das lembranças que ficar
ame de tantas que sumiram
sou o relógio
do meu tempo
das minhas horas contadas
dos meus dias de labuta e espera
dos meus dias de ócio e preguiça
sou o livro
da minha vida
dos meus encontros e desencontros
das minhas chegadas e partidas
de tantos sonhos negados
mas outros tantos vividos
do meu riso e do meu pranto
das tantas páginas não lidas
(Edimo Ginot)
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