domingo, 27 de janeiro de 2008

OLDNEY LOPES

MUSA

Na tua ausência morre a inspiração,
Morre a poesia, irrompem-me revoltas,
Mas se clama por ti meu coração,
Atendes sempre o meu chamado e voltas.

Surges do nada, no romper dos dias,
Emerges dos abismos obumbrais,
E do silêncio fazes melodias,
Em timbres de garridos madrigais.

Dos poemas que escrevo és sempre o mote,
Nos dilemas que me turbam és archote,
E no breu da solidão és companhia.

Quando a ânsia de envolver-te faz-se forte,
É na luz dos olhos teus que busco o norte,
E do amor que tu me dás faço poesias!
(Oldney Lopes ©)

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