...Voar com a asa ferida?
Abram alas quando eu falo.
Que mais foi que fiz na vida?
Fiz, pequeno, quando o tempo
estava todo ao meu lado,
e o que se chama passado,
passatempo, pesadelo,
só me existia nos livros.
Fiz, depois, dono de mim,
quando tive que escolher
entre um abismo, o começo,
e essa história sem fim.
Asa ferida, asa ferida...
Meu espaço, meu herói.
A asa arde. Voar?
Isso não dói.
(Paulo Leminski)
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
GINNA GAIOTTI
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