sexta-feira, 18 de abril de 2008

MARTA PERES


Marujo do Sol
Tarde plúmbea, chuvosa, melancólica,
perdida nesta ilha encontro meus pensamentos
nas areias frias e coqueiros de saudades.
Minha praia está deserta, resta solidão.
Areias mortas, o vento corta os coqueiros
num choro triste e dolorido, praia onde
a beleza impera e ninguém vê,
deserta do carinho e da esperança.
Ilha onde habito no mais puro isolamento,
onde a luz é incerta e o sol cisma não aparecer,
onde pergunto e ninguém responde
onde tudo vejo, ninguém me vê!
Dentro deste nevoeiro espero meu marujo,
há de vir misturado na névoa, carregando
consigo o sol, e meu coração há de aquecer,
voltar a sorrir, deixar de sofrer!
(Marta Peres)

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