quarta-feira, 16 de abril de 2008

ARETHUZA VIANA


INÚTIL ESPERA
A noite se despede.
A casa carente
de passos e de rumores
que lembrem vida!
Um gosto amargo na boca.
Disponíveis aos beijos
que não chegarão.
Depois que me embriaguei
com os teus aparentes,
inocentes e meigos olhares,
conheci o descaso,
a dor de saber-me esquecida
como um livro lido e relido
numa prateleira da estante
empoeirada da vida.
E aqui estou eu,
nas dores que se repetem,
num ritual triste
de uma triste e inútil espera...
(Arethuza Viana)

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