Voraz
Teu olhar faminto engoliu minhas fomes
Fiquei a mendigar vontades na porta de templos pagãos
Tuas pupilas roubaram minha paz e minha guerra
Emprestei um vestido para guardar a pele, que qual fruta descascada amarelou no tempo
Feito o papel velho das palavras nunca ditas
A palidez dos versos abortados
O tempo que escorreu do relógio
Enquanto eu guardava pêras maduras no sutiã, para te dar de manhã
(Carol Montone)
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