SONETO DA CIRCUNSTÂNCIA
Algo que escutas entre o mar e o vento
algo que perdes entre a onda e a areia
um vago instante de algum pensamento
à luz que há entre a chama e a candeia.
Beijos ocultos entre a brisa e o relento
fios que urdidos entre a aranha e a teia
fazem vibrar a num só átimo do tempo
a chama desse amor que me incendeia.
Na alma pura ainda incólume à deriva
nem sei o que fazer do que ainda resta
de meus barcos de bruma sobre o mar...
Faças de mim a tua circunstância viva
e desses restos me celebras uma festa
e o que ainda resta é para eu te sonhar...
-A. Estebanez-
(Dedicado à amiga Elaine Bastos Matos)
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