domingo, 18 de maio de 2008
EUZINHA E MINHA PUG(TULIPA)
Zélia Gattai Amado - 1916/2008
Os primeiros anos
Zélia participava, com a família, do movimento político-operário anarquista que tinha lugar entre os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses, no início do século XX. Aos vinte anos, casou-se com Aldo Veiga. Deste casamento, que durou oito anos, teve um filho, Luís Carlos, nascido em São Paulo, em 1942.
Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai o conheceu em 1945, quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. A partir de então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do marido, passando a limpo, à máquina, seus originais e o auxiliando no processo de revisão.
Em 1946, com a eleição de Jorge Amado para a Câmara Federal, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu o filho João Jorge, em 1947. Um ano depois, com o Partido Comunista declarado ilegal, Jorge Amado perdeu o mandato, e a família teve que se exilar.
Viveram em Paris por três anos, período em que Zélia Gattai fez os cursos de civilização francesa, fonética e língua francesa na Sorbonne. De 1950 a 1952, a família viveu na Checoslováquia, onde nasceu a filha Paloma. Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazer fotografias, tornando-se responsável pelo registro, em imagens, de cada um dos momentos importantes da vida do escritor baiano.
Em 1963, mudou-se com a família para a casa do Rio Vermelho , em Salvador, na Bahia, onde tinha um laboratório e se dedicava à fotografia, tendo lançado a fotobiografia de Jorge Amado intitulada Reportagem incompleta.
A escritora
Anarquistas, graças a Deus foi adaptado para minissérie pela Rede Globo e Um chapéu para viagem foi adaptado para o teatro.
Prêmios e homenagens
Na França, recebeu o título de Cidadã de Honra da comuna de Mirabeau(1985) e a Comenda des Arts et des Lettres, do governo francês (1998). Recebeu ainda, no grau de comendadora, as ordens do Mérito da Bahia (1994) e do Infante Dom Henrique (Portugal, 1986).
A prefeitura de Taperoá, no estado da Bahia, homenageou Zélia Gattai dando o nome da escritora à sua Fundação de Cultura e Turismo, em 2001.
Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por Jorge Amado, que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como patrono. No mesmo ano, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia e para a Academia Ilheense de Letras. Em 2002, tomou posse nas três. É mãe de Luis Carlos, Paloma e João Jorge. É amiga de personalidades e gente simples. No lançamento do livro 'Jorge Amado: um baiano romântico e sensual, em 2002, em uma livraria de Salvador, estavam pessoas como Antonio Carlos Magalhães, Sossó, Calasans Neto, Miguel Arcanjo Prado, Auta Rosa, Bruna Lima, Antonio Imbassahy e James Amado, entre outros.
Ao lançar seu primeiro livro, Anarquistas graças a Deus, Zélia Gattai recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária de 1979. No ano seguinte, recebeu o Prêmio da Associação de Imprensa, o Prêmio McKeen e o Troféu Dante Alighieri. A Secretaria de Educação do Estado da Bahia concedeu-lhe a Medalha Castro Alves, em 1987. Em 1988, recebeu o Troféu Avon, como destaque da área cultural e o Prêmio Destaque do Ano de 1988, pelo livro Jardim de inverno. O livro de memórias Chão de meninos recebeu o Prêmio Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores, em 1994.
Obra
Anarquistas Graças a Deus, 1979 (memórias)
Um Chapéu Para Viagem, 1982 (memórias)
Pássaros Noturnos do Abaeté, 1983
Senhora Dona do Baile, 1984 (memórias)
Reportagem Incompleta, 1987 (memórias)
Jardim de Inverno, 1988 (memórias)
Pipistrelo das Mil Cores, 1989 (literatura infantil)
O Segredo da Rua 18, 1991 (literatura infantil)
Chão de Meninos, 1992 (memórias)
Crônica de Uma Namorada, 1995 (romance)
A Casa do Rio Vermelho, 1999 (memórias)
Cittá di Roma, 2000 (memórias)
Jonas e a Sereia, 2000 (literatura infantil)
Códigos de Família, 2001
Um Baiano Romântico e Sensual, 2002
ZÉLIA GATTAI
Zelia Gattai
"Homens Maduros...
Há uma indisfarçável e sedutora beleza na personalidade de muitos homens que hoje estão na idade madura.
É claro que toda regra tem as suas exceções, e cada idade tem o seu próprio valor.Porém, com toda a consideração e respeito às demais idades, destacaremos aqui uma classe de homens que são companhias agradabilíssimas: os que hoje são quarentões e cinquentões.
Percebe-se com uma certa facilidade, a sensibilidade de seus corações, a devoção que eles tem pelo que há de mais belo: o sentimentalismo.
Eles são mais inteligentes, vividos, charmosos, eloqüentes. Sabem o que falam, e sabem falar na hora certa. São cativantes, sabem fazer-se presentes, sem incomodar. Sabem conquistar uma boa amizade.
Em termos de relacionamentos, trocam quantidade pela qualidade, visão aguçada sobre os valores da vida, sabem tratar uma mulher com respeito e carinho.
São homens especiais, românticos, interessantes e atraentes pelo que possuem na sua forma de ser, de pensar, e de viver.
Na forma de encarar a vida, são mais poéticos, mais sentimentais, mais emocionais e mais emocionantes.
Homens mais amadurecidos têm maior desenvoltura no trato com as mulheres, sabem reconhecer as suas qualidades, são mais espirituosos, discretos, compreensivos e mais educados.
A razão pela qual muitos homens maduros possuem estas qualidades maravilhosas deve-se a vários fatores: a opção de ser e de viver de cada um, suas personalidades, formação própria e familiar, suas raízes, sabedoria, gostos individuais, etc...
Mas eu creio que em parte, há uma boa parcela de influência nos modos de viver de uma época, filmes e músicas ouvidas e curtidas deixaram boas recordações da sua juventude, um tempo não tão remoto, mas que com certeza, não volta mais.
A juventude passou, mas deixou “gravado” neles, a forma mais sublime e romântica de viver. Hoje eles possuem uma “bagagem” de conhecimento, experiências, maturidade e inteligência que foram acumulando com o passar dos anos.
O tempo se encarregou de distingui-los dos demais: deixando os seus cabelos cor-de-prata, os movimentos mais suaves, a voz pausada, porém mais sonora, hoje eles são homens que marcaram sua época. Eu tenho a felicidade de ter alguns deles como amigos virtuais, mesmo não os vendo pessoalmente, percebo estas características através de suas palavras e gestos.
Muitos deles hoje “dominam” com habilidade e destreza essas máquinas virtuais, comprovando que nem o avanço da tecnologia lhes esfriou os sentimentos, pois ainda se encantam com versos, rimas, músicas e palavras de amor, nem lhes diminuiu a grande capacidade de amar, sentir e expressar seus sentimentos.
Muitos se tornaram poetas, outros amam a poesia.
Porque o mais importante não é a idade denunciada nos detalhes de suas fisionomias e sim os raros valores de suas personalidades.
O importante é perceber que os seus corações permanecem jovens...
São homens maduros, e que nós, mulheres de hoje, temos o privilégio de poder admirá-los.
Um abraço,
Zélia Gattai"
Rosane Silveira
A experiência do amor em vosso coração.
Carolina Salcides
Ventre vida
Vida flor
Flor bela
Belo amor.
Amor dela
Dela a dor
Dor do mundo
Do mundo a flor.
Flor frágil
Flor murcha
Flor minha
Minha dor.
Dou-te ela
Dou-te vida
Flor ventre
Corpo amor.
Podas ela
Despes eu
Mata sonho
Sonho meu.
Gotas d’água
Brilho sol
Vento fresco
Vendaval.
Varre tudo
Remexe fundo
Renasce o mundo
Mundo meu.
Sempre amor
Sempre flor
Floresce forte
Depois da morte.
Raiz minha
Raiz forte
Flor linda
Linda sorte.
A minha vida
A minha morte.
" Podem podar meu caule, minhas folhas, frutos e flores
Mas não podem arrancar minha raiz"!
(Carolina Salcides)

Dionísio Dinis
Enquanto comia as palavras,
das cerejas fazia brincos de princesa,
e com ela,
em majestática comunhão
ornávamos o palato dos doces frutos.
Então… inevitavelmente, multiplicavam-se
as palavras rubras!
(Dionísio Dinis)

Oswaldo Antônio Begiato
Não estou
Não mudo
Não
Pronto
Há no não dizer
Ataíde Lemos
Teu olhar sedutor conquistou meu coração
É um amor que me faz enlouquecer
Não vou ouvir a voz da razão
VALQUÍRIA CORDEIRO
Cáh Morandi
MAXUEL SCORPIANO
Hoje Amor Não me Resta Mais O Sol,
VALQUÍRIA CORDEIRO
Um abraço meu,
Um abraço meu,
Um abraço meu,
Já pedia por um abraço meu.
VALQUÍRIA CORDEIRO
Dilema do jardineiro
Mesmo longe dessa flor,
Estendo mão mas recuo.
Deixo-a assim tão natural.
ANTA
( Tapirus terrestre)
A anta
deitada,
calmamente vive na beira do rio
levanta,
anda,
e se espanta.
Ao ver que seu rio
não é mais o mesmo.
Aquele seu maravilhoso rio
de água cristalina
agora a sujeira predomina
e ela abomina! Recrimina!
Dizem que a anta é ignorante
por isso muitas pessoas são chamadas de anta.
Será ?
Se a anta fosse tão anta assim,
não daria no pé.
Ao ver que seu rio já não é mais o mesmo.
E a anta se espanta
com o bicho que destruiu o seu rio.
Ele sim , é que é ignorante.
( Lucas,Fábio,Marcela e Mariana P. )
18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual foi criado em 2000, pela Lei Federal N°. 9970/00. Esta data foi escolhida, pois neste mesmo dia, em 1973, Araceli Cabrera Sanches, uma menina de oito anos foi seqüestrada, drogada, espancada, estuprada e assassinada por filhos da alta sociedade de Vitória, no Espírito Santo. O caso, que comoveu todo o país e em 2008 completa 35 anos, permanece impune.
Há oito anos a sociedade civil e o poder público organizam atos em todo o Brasil para marcar esse dia, conhecido como Show pela Vida, Contra a Violência.
VALQUÍRIA CORDEIRO
Com zelo,
Ferina "Sue"
Saudade
Saudade,
"Amar os outros é a única salvação individual
que conheço: ninguém estará perdido se der
amor e às vezes receber amor em troca."
Clarice Lispector
(A descoberta do mundo)
Amor sem freio
Pablo Neruda
EDGAR RADINS
As paredes manchadas do casarão
já não parecem tão manchadas assim.
Tem na verdade o frescor
que os anos trouxeram.
Tem os vincos e os sulcos que re revestem
e dão aquela sensação de leveza e serenidade
que somente o tempo sabe moldar.
Envelhecer é manter as cores novas
mesmo que a tinta seja velha
dosando os tons e matizes
ao verdadeiro sabor dos anos.
É como um velho barril de carvalho
a exalar o cheiro do vinho
que nos transporta ao gosto ímpar
como se esse escorrece em nossas bocas.
(Edgar Radins.)

Fragilidade
NENECA BARBOSA
M uitas lembranças nos chegam
A mparando-nos mutuamente
CARLO MAGNO
Que seus sonhos sejam realizados
CARLO MAGNO
Você me trouxe alegria e prazer
MUDANÇA
Por essa razão, mesmo portas a dentro do lar, quase sempre não será plenamente reconhecido, porque seu aspecto sofreu metamorfose profunda ...
Ele mostra o sinal de quem tomou o rumo da definitiva renovação interior para Deus, disposto a consagrar-se ao eterno bem e a soerguer seu coração no grande caminho da libertação.
EMMANUEL(Fonte Viva, 175, FCXavier, FEB)
Paz e Luz
Arnaldo Massari
Se você souber, diga quem criou a mulher!
O nosso viver dela desponta,
No contraponto da sua grandeza.
Figura comum e rara, que nos apara desde o nosso nascer.
Instigante e insinuante que, no seu anverso e no seu reverso,
Se divide, se multiplica, se identifica.
Mulher-namorada, Mulher-mãe, Mulher-avó.
Sonhadora, soberana, matriarca.
Somos a sua conquista,
Conquistados pelas suas grandiosas virtudes.
Na prova e no prover, a firmeza do seu Ser.
Como esposa, é meeira - como avó, é inteira.
Difícil é saber expressar toda a sua energia e querer,
Em perdão, sofrimento e vitória.
Glória das graças em todas as raças.
Fascínio de uma convivência, de uma bem-querência.
Mulher, sentimento inato.
Mulher vítima, jamais algoz.
Perdoe em tardio, mas em irreversível, o arrependimento
Pelos terríveis enganos de direito e de preconceito.
Todo o preito às muitas idades, bondade dos seguidos viveres,
Onde os cuidados e os deveres sempre foram as constantes.
Magnífica criatura ainda injustiçada por dogmas e atrasos culturais,
Mas, sem dúvida, o grande expoente da Existência.
A você, mulher em forte, a quem o destino trouxe a sorte de sozinha se conduzir,
No seu etéreo legado de guardiã, estenda a mão à outra irmã,
Nesse eterno solidário, no grande relicário,
De ser simplesmente Mulher!
Tadany
Na ilusória ignorância da morte
Passam-se os anos
Na esperança de uma eterna vida
Adiam-se a consecução dos planos
No entanto
Assim como o sol sempre brilha
A morte sempre chegará
Assim como um ciclo sempre fecha
A vida um dia acabará
Então
Viva com a morte ao seu lado
Morra com vida em seu coração
Labute para ter tudo realizado
Caminhe na senda da evolução.
a song that sings butterflies
O dia da minha morte
Quando eu morri
Quando eu morri
Quando eu morri
Quando eu morri
RENATA CORDEIRO
RENATA CORDEIRO
BALADA DAS DEUSAS DO NOSSO TEMPO
Ei, diga-me onde, em que país,
Está Elaine, a interiorana?
E Renata, aloirado lis,
Prima da valente Dryana?
A que a Paris foi, qual cigana,
Para não voltar nunca mais,
Roxane, a tal pernambucana?...
Onde estão as deusas mortais?!
Daise, a quem o mundo mal quis,
E Márcia, que a ela se irmana,
Denise e Felícia infeliz?
Neide, a sábia, e a meiga Adriana,
Cujas asas aeroplanas,
De comissárias siderais,
Perderam nesta Terra humana?...
Onde estão as deusas mortais?!
Laura, Ieda, Tânia, Laís,
Mônica, Solange, Diana*?
Magda, Adri, Paulas, Beatriz,
Inês, Déboras, Lilianas?
Tarcila, Alice, Eliane, Anas,
Conceição, Dunia, Rose, as tais,
Onde estão, Mulher Soberana?...
Onde estão as deusas mortais?!
Oferenda
Pobre homem, não perca as semanas
Com perguntas tão surreais,
Guarde o refrão, que não o engana:
Onde estão as deusas mortais?!
(Paráfrase de François Villon feita por Renata Cordeiro em 19/02/2003)
sábado, 17 de maio de 2008
Para a manhã
Enquanto escrevia;
Abri a alma... com calma
E pedi cantando:
- Vem poesia!
Meus lábios tremeram...
meu corpo ferveu
A pele rosada...
a mão inspirada
E o verso nasc[eu]!
_Cáh Morandi_