Impelida por força superior à minha aproximei-me
do tronco da árvore, pisei folhas secas caídas
observando o calçamento feito de pedras,
cuidadosamente colocado e desenhado.
Subi sobre raízes que fugiam da terra em busca de luz,
levantei os braços abraçando aquela árvore, meu coração
acelerou quando sentiu o movimento repetitivo,
tive a certeza de já haver feito do mesmo modo.
Quando, jamais abracei uma árvore, estava louca
nestes pensamentos, minha cabeça encostou-se
no tronco como se pedisse um afago, um carinho,
meus olhos derramaram lágrimas de saudades.
Minhas mãos tatearam a árvore procurando algo,
não sei o que elas procuravam, apenas encontraram
um coração nela gravado, dentro dele os nomes, Inês
e Gustavo, por toda eternidade!
Com o coração sangrando, chorando lágrimas sentidas
de dor profunda, chorei naquele lugar.
(Marta Peres)
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