há borboletas dentro de minha cabeça, querendo sair a
qualquer custo. não as importa o escuro de dentro, mas esse
som que não é música – um ruído que azul as faz flutuar porto
das as possibilidades incontornáveis de dor.
há borboletas se debatendo dentro de minha cabeça.
e não sei o que fazer. hoje elas já amanheceram assim. as
borboletas me olham azuis, as borboletas nascem azuis.
nascem da fragilidade feito a fragilidade fosse flor e não o fim.
a ternura são todas as pétalas do jardim. as borboletas são
entrega de sol ao lago. são sins, são nãos, são talvez.
sins decisnes em não de noites, talvez a tez que têm todas as flores.
as borboletas, só o que há entre o início e fim dos beijos denós dois.
(Fernando Koproski)
0 comentários:
Postar um comentário