sábado, 16 de fevereiro de 2008

A. ESTEBANEZ

SILFOS & GNOMOS

Que sentimento há na cor da ausência?
Que perfume da luz pressente a alma?
O que expressa a linguagem do silêncio
à hora do atônito crepúsculo da aurora?
Que é não emergir do nada que realiza

o ser no lago de coral de uma mulher?
Se tudo pode ser o que aprendi na vida,
desaprender amor e sonhos, como é?
Que é perder o fio da meada da memória

que ficou no lugar do futuro no presente?
O amor dos náufragos da própria história
ou gnomos de que o humano se ressente?
Somos nada entre os céus e os arvoredos

os seres que se entendem sem palavras...
Apenas silfos de rios mortos e segredos
de sonhos idos nas espumas naufragadas...
(A. Estebanez)

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