quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A. ESTEBANEZ

SONETO DA PROMESSA

Eu te prometo consagrar a vida
nos rituais profanos da paixão
deixando minha parte proibida
ao jugo dos amores sem razão...
Tu me juras a devoção rendida

aos caprichos pueris do coração
cuja senha secreta está perdida
nos êxtases obscuros da ilusão.
Eu juro exorcizar-me do absurdo

e dessa insensatez do sobretudo
amor demais e só na alma vasta.
Meu tributo é a alma aqui jurada

e não precisas prometer-me nada
se teu amor é tudo que me basta...
(A. Estebanez )

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