sábado, 23 de fevereiro de 2008

SINOS

Escuto ainda a voz dos campanários
Entre aromas de rosas e açucenas,
Vozes de sinos pelos santuários,
Enchendo as grandes vastidões serenas...

E seguindo outros seres solitários,
Retomo velhos quadros, velhas cenas,
Rezando as orações dos Septenários,
Dos Ofícios, dos Terços, das Novenas...

A morte que nos salva não nos priva
De ir ao pé de um sacrário abandonado,
Chorar, como inda faz a alma cativa!

Ó sinos dolorosos e plangentes,
Cantai, como cantáveis no passado,
Dizendo a mesma Fé que salva os crentes!...

(Alphonsus Guimarães)

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