Insone de passos e de portas
Tateio, herege parte de mim
Sestro de beata, moira-torta
Amante do velho mago Merlin
Anoiteço em horas mortas
Nos braços de um querubim
Mas nenhum anjo conforta
A fêmea parte de Caim
Se a faca de vidro corta
Meu porta-jóias carmim
Planto os cacos pela horta
Com minhas mãos de marfim
Se a lira o arco entorta
Tensões opostas em mim
Sou a clave que suporta
Meu príncípio meio e fim.
(Ulda Menezes dos Santos)
0 comentários:
Postar um comentário