sábado, 5 de janeiro de 2008

Ana Garrett


Quem se esconde
em meus versos inacabados,
sou eu...



E nasceu uma flor
duma terra de cem anos.
Sem regá-la, cuidá-la, nasceu.





E as minhas sílabas
continuam no caule verde
dessas flores,
interditas a leituras ao amanhecer.





Quem se olha, assim, como vós,
uma para o outro, em contínuo desejo?
Quais avencas debruçando-se
para um último beijo.



E eu no meio,
sempre toda a vida no meio e permaneço,
escondida nas raízes,
num eterno e agitado sossego.
(Ana Garrett)

1 comentários:

Anônimo disse...

que surpresa boa... ver um poema meu no seu blog. obrigada
ana g