sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Eda Carneiro da Rocha


A BORBOLETA ENCANTADA
Veio voando, suavemente...
Pousou na minha mão
na minha vida, esvoaçante
nada querendo,
apenas sorver o mel das flores.


Afinal , era só uma borboletinha
que mais poderia querer?
Veio de outras plagas,
voando por céus azuis, rosas, mesclados.
Estava cansadinhade tanto voar...


Um dia, avistou um jardim secreto
entrou, pousou nos camarões,
nas rosas, nos hibiscos.
Que festa!
Quem moraria nessa casa
onde havia tantas flores, e tanto mel
para alimentá-la?


Pensou: " Poderei ficar aqui"?
Não serei enxotada,como em tantas outras?
Poderei sorver todo esse nectar
que preciso para viver ?
E não pensou mais.
Simplesmente ficou
e se tranformou
" mutatis mutante" no amor.

E com suas, últimas asas
se perpetuou numa outra borboleta
para ter companhia para não mais voar só.
E, ela nasceu e ficaram duas a voar,
neste mesmo jardim, encantado que era.

E nunca mais se separaram
pois o Amor havia nascido
num simples vôo que ela ousou dar!
(Eda Carneiro da Rocha)

1 comentários:

Sol Tarcitano disse...

Querida amiga Graciela...
obrigada pela linda homenagem
beijos em teu coração e que Papai do Céu te abençoe sempre.
Sol