terça-feira, 10 de junho de 2008

Quando a alma chora


Quando a alma chora
No meio de uma noite sombria
Entre a negritude e a solidão
Cenário propício de um sonhador
Mora a esperança
Entre raios e luzes
Surge um som imperceptível
Envolto na fantasia do amor
Quase não é percebido
Mas lá está ele presente
Um som sem musicalidade
Paralisante e frio
Fazendo um eco surdo
No vazio de um ser
De repente
Como ondas do oceano
Rompe a barreira do silêncio
Surge como efeito cristalino
Nesse exato momento
Sem palavras ou gestos
Você percebe a essência da dor
Quando a alma chora...
Então você busca forças
Em algum lugar do passado
Presente em sua vida
Pra curar essa ferida
Percebe que o choro é sinal
De que você sobreviveu
Precisa recomeçar
Sem ter medo de amar
Nessa hora você
Vê que a noite sombria
Está indo embora
Pra surgir um novo amanhecer
(Eliane Gonçalves)

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