(...)
poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva
fresca e os teus lábios, lê-se sorriso estendido em mil
árvores ou céu de punhais
poema sou eu,
as minhas mãos nos teus cabelos,
o poema é o meu rosto, que não vejo,
e que existe porque me
olhas,
o poema é o teu rosto
(José Luís Peixoto)
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