UMA ROSA NA MESA...
Não sei qual palavra murmura
no aroma de brisa que exala
o vulto noturno que mora
no sopro da voz que me fala.
Se quero escutar já não ouço,
etéreo contorno se apaga...
É chama de luz que me acalma
na palma da mão que me afaga.
Pressinto seus passos roçando
meus pés no silêncio da sala...
Respondo o que em vão me pergunta.
Pergunto, mas ele se cala...
Não pode ser pranto o que chora
nem pena o destino em que vaga,
se o pranto que chora é por mim
se é minha essa pena que paga.
E sopra e suspira e me abraça
e ri nos cristais com leveza...
Depois vai embora na brisa
deixando uma rosa na mesa!...
(A. Estebanez )
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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