quarta-feira, 15 de outubro de 2008

SEGUNDA ROSA DE DELOS


SEGUNDA ROSA DE DELOS

Deixem minha alma florescer na lua
meu remoto canteiro de esperanças
ou me deixem viver num fim de rua
entre rosas baldias sem lembranças.

Saudade de horizontes me extenúa.
Procurem-me nos olhos de crianças
onde o instinto dos deuses retribua
o beijo dos extremos das distâncias.

A calma dos jardins não faz sentido
a flor calada assim não se consente
e rosa num deserto é flor proscrita.

Consinta o coração sonhar perdido
e de perder-se meu amor aumente
o tanto quanto seja a alma infinita.

Afonso Estebanez
(Set.09.2008)

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