CINDERELA AO CONTRÁRIO
À meia-noite despeço-me do mundo
e corro a abrir a porta dos meus sonhos.
Às vezes, com a pressa, deixo cair
na escada um sapatinho.
Quando de manhã alguém mo traz, dizendo:
deixas o sapato em qualquer lado,
volto a calçá-lo distraidamente,
e vou ficando, outra vez, desencantado.
(Álvaro Magalhães)
À meia-noite despeço-me do mundo
e corro a abrir a porta dos meus sonhos.
Às vezes, com a pressa, deixo cair
na escada um sapatinho.
Quando de manhã alguém mo traz, dizendo:
deixas o sapato em qualquer lado,
volto a calçá-lo distraidamente,
e vou ficando, outra vez, desencantado.
(Álvaro Magalhães)
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