Poema
Em seda tão delida,
Em laços tão sem cor,
Esteve a nossa vida
Pelo tempo do amor.
E eis o espelho tão baço,
E o ar sem repercussão,
Para a chegada e o abraço
E a voz do coração.
Eis a fechada porta.
Quem podia supor!
- mesmo a saudade é morta,
Quase, quase sem dor.
Rios de serenata
Para o mar levarão
O que morre, o que mata
E o que é recordação.
(Cecilia Meireles)
terça-feira, 5 de agosto de 2008
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