terça-feira, 25 de março de 2008


Não, o amor não devia doer assim.
Nem demorar tanto e chegar tão impossível.
Não, não devia ser apenas nuvem,
choro na madrugada e saudade.
O amor não deveria invadir as horas dessa
forma e perturbar os olhos, sempre
voltados para tão longe.
Não, a distância não precisava ser tamanha
nem confundir o onde e inventar esse desejo
de asas nascendo, súbitas e fortes.
Quem dera o amor agora,
a tranqüila certeza, o colo.
Quem dera o amor em paz,
cobrindo a tarde de carícias distraídas!
Quem dera o riso, o gozo, o sono
e o amanhã escrito, perfeita previsão!
Quem dera você aqui.
(Saramar)

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