sábado, 23 de fevereiro de 2008

Quanto custa viver

Nada vale
quão
vale a vida.


Encanta-me uma sereia
Eco de um outro tempo
Feliz.
Sereias não as há,
Serei assim tão louco
Canta a mulher amada


Nas tuas fotos mergulho
Nas funduras do desamor
Um tempo tanto que morro


Esquizofrenia vívida. Eu
Vejo-me outro. Desabado.
Um retrato parado. Morto!


Estás lindíssima nele
quase tanto quanto és
quando me amas feliz


Não me encontro nelas
Dizias que me amavas
Beijo frio, olhar parado


É tão profundo o azul
E quanto custa viver.
(Adroaldo Bauer)

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