Vida feita de ilusões
Sopro em alma sombria
Aquece-me sem sentido
O odor da tua maresia
Silabar terno de paixões
Ofegante sonhar contido
Para onde enfim vagueio
Para onde por fim anseio
Suor de corpos decompostos
Em gélida suave ternura
Beleza fugaz sem rosto
Doce sabor da tua amargura
Vida feita de desilusões
Apelos meus em ecos mudos
Esbatem-se num só gemido
Por entre teus vales surdos
Eternas grades de vãs prisões
Por entre o som esquecido
Para onde por fim murmuro
Para onde enfim sussurro
Ardilosa foz em longo desaguar
Gotas secas de tua chuva torpe
Presas do meu triste lacrimejar
Partem por fim agora
Adeus
Boa sorte...
(António de Almeida)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
MÁ SORTE
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