O poeta nasce de sonhos adormecidos,
Amores interrompidos, decepções.
De dores, lamentos e alguns sofrimentos,
Dessa eterna arte de viver e transformar.
O poeta nasce numa esquina qualquer
Colorindo a vida da cor que lhe convém.
Reinventando histórias enfeitadas de sonhos,
Invertendo páginas do passado surrado.
O poeta nasce do bem querer latente,
Mesmo numa alma doente e descrente.
Assoviando numa folha palavras adocicadas,
Fazendo do amor um lindo buquê de flor.
O poeta nasce na melodia do amanhecer,
Mesmo num dia cinzento e escuro.
Transforma tudo claro em coloridas flores,
Viaja e arranca da alma puros sentimentos.
O poeta navega no infinito em sonhos,
Alcança estrelas, adormece na cauda de um cometa.
Arremessa todas as incertezas ao vento cantarolando,
Numa canção revoluciona a existência sombria.
O poeta faz da mentira uma grande verdade!
(Sandra de Almeida)
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