Poesia Morta!
Poesia morta.
Junto da porta,
restos de inspiração.
Cena sombria.
Com a covardia,
havia vodka e pão.
Caso intrigante.
Amarrada em barbante,
a vida em cinema gemia.
Mistério maldito.
O poeta que era mito,
no último bilhete dizia:
À quem interessar possa...
Essa que agora agoniza,
e que um dia me foi brisa,
tal qual as tardes na roça,
andava em tempo recente
traindo este tolo escrevente
com acordes de um violão
em baladas sem direção.
Ao ver que tão minha poesia
fugia ao fim de cada dia,
quebrei enfim minha “pena”
e ante a última cena,
deixei minha poesia secar...
Ali sozinha...
no chão da cozinha.
Se esvaindo enfim...
com sede de mim.
(Anderson Julio Labone)
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