segunda-feira, 28 de julho de 2008

Herodíade



(Diego Velázquez)

“Ó espelho!
Água fria pelo tédio em teu quadro gelada
Quantas vezes e durante horas, desolada
Dos sonhos, e buscando minhas lembranças que são
Como folhas sob teu vidro de poço profundo
Apareci-me em ti como uma sombra longínqua
Mas, horror! certas noites, em tua severa fonte
Conheci a nudez do meu sonhar desperto! ”
(Herodíade)

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