quarta-feira, 30 de julho de 2008

Carlo Magno




RETROAGINDO

Tão inocente que fica no escuro
Eu não aturo inveja, é mesquinha
Fica rígida, criativa, rica no depuro
Juro-te, a inocência é tão branquinha

Perco a linha com a clara ignorância
Sentimento de um produto do descaso
É farrapo de uma simples concordância
Da brutal relutância, a meiguice do ato

Neste espaço criado me deleito
No direito humano não vê defeito
Mas perduro a louvar minha querida
Só impuro me afasta dessa vida

Sem desmedida é a sina do afeto
Neste meu jeito de ficar seguro
Sinto fragrância neste meu teto

Minha carência apadrinha o sucesso
Sem sarcasmo este amor convida
Dá guarida ao coração de regresso
(Carlo Magno)

29/07/08

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