segunda-feira, 28 de julho de 2008

Elizabeth Barret Browning


Airi Pung

“Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas menores.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte. “
(Elizabeth Barret Browning - Trad.: Manuel Bandeira)

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