Bateau Ivre
Sonhei a noite verde em neves deslumbrantes,
Beijo subindo, lento, às pálpebras dos mares;
E o auri-azul fosforear de santelmos cantantes,
E o frêmito, o ebulir de selvas singulares!
Desejara mostrar, às crianças, os dourados
Peixes da vaga azul, peixes de ouro cantantes.
Flórea espuma embalou meus versos desgarrados
E inefáveis monções me alaram por instantes.
(Arthur Rimbaud [1854 – 1891])
(Obs. da Queen: Nessa época o poeta adolescente nunca vira o mar, e só podia imaginá-lo...)
0 comentários:
Postar um comentário