Shakespeare podia ter vivido aqui. Podia ter dançado na noite de S. João, quando o rio transborda para as ruas nas correntes humanas que as inundam.Podia ter escrito nos invernos de ausência o que a noite ensina sobre a privação. Podia ter ensinado, à beira do cais, que o tempo lascivo corre como a água, levando o que não há-devoltar e trazendo o que nunca terá nome nem corpo.
[...]
(Nuno Júdice)
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