Cada útero
é uma fenda no tempo
em que os homens querem estar pela ilusão de conquistá-lo,
pelo prazer de dominá-lo
e o desejo de eternidade.
Cada útero
é uma janela aberta
para o infinito em chamas,
para o inefável:
nela o delírio dos homens encontra
catarse de todas as dores;
nela o princípio e o fim.
Penetrá-la é renascer
pela ilusão finita da reversibilidade.
E vai o homem,
como os relógios, com o seu pêndulo,
a avançar no tempo,
vagando de par em par.
E eis o fim de tudo,
no mesmo ermo
em que tudo começa.
é uma fenda no tempo
em que os homens querem estar pela ilusão de conquistá-lo,
pelo prazer de dominá-lo
e o desejo de eternidade.
Cada útero
é uma janela aberta
para o infinito em chamas,
para o inefável:
nela o delírio dos homens encontra
catarse de todas as dores;
nela o princípio e o fim.
Penetrá-la é renascer
pela ilusão finita da reversibilidade.
E vai o homem,
como os relógios, com o seu pêndulo,
a avançar no tempo,
vagando de par em par.
E eis o fim de tudo,
no mesmo ermo
em que tudo começa.
(VERÔNICA DE ARAGÃO)
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