sexta-feira, 7 de março de 2008

a Bailarina

Silêncio. Imobilidade. Escuridão.
Estranheza. Movimentos. Mudança.
Seria isso um respingo de esperança?
Ou seria isso movido por pura emoção?

Na imobilidade ela fica, sem vida.
Na pose mais bela, mais bonita.
Numa pose mentirosa, mas bendita.
Suas pernas são firmes, estendidas.

Em entendimento, sua ternura.
Inocência.
Um estado de completa paciência.
Pose pura.

Com sua música contagia.
De qual embala qualquer um.
Quase nunca dançou sem som algum.
Sua concentração gera nostalgia.

Seu rosto colado.
Inexpressão.
Invocação.
Olhar desesperado.
Parada em sua vida,
Morta em seu estado.

(Renata Maldonado)

0 comentários: