segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

SEM RUMO


Também pensei um dia que a estrada fosse minha.
Caminhei minha cota do caminho sem rumo, sem pressa.
Pisei o barro, a trilha sombreada
A estrada farta de espinhos.
Deixei as marcas dos meus pés por esse mundo a fora.
Encontrei na areia o aconchego e o calor.
Trilhei caminhos tortuosos, cheguei a beira de precipícios.
Mas a rota sem rumo me levou também a gramados e prados.
Florestas e bosques, oásis onde me encontrei com a vida.
Em uma dessas encruzilhadas perdidas,
onde só você pode tomar a decisão do destino a seguir.
Ainda caminho, mas já compreendi que não sou o dono desta estrada.
Apenas a uso, como muitos outros.
Apenas passo, no meio da multidão.
A cada passo dado, mais perto estou de mim.
A cada passo dado, mais longe estou do fim...
(Almir Capthor)

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