Ela veio nas trevas quando havia silêncio
e de novo trouxe a ternura dos galhos tombando para a madrugada.
Eu subi do fundo do mar como um líquen liberto
para ouvir a sua voz que era imensa
e trazia a ansiedade das flores explodindo,
mas só vi o silêncio, enorme como a noite.
E ela chorou dentro de minha tristeza
porque era como a revelação do que eu havia perdido.
Ainda trazia nas mãos o frio dos troncos úmidos na noite,
e nos olhos a humildade da terra encharcada de chuva.
Um dia eu descerei verticalmente e para sempre
Ao fundo deste mar onde ela mora
Como o barco de pescadores desaparecidos.
(Paulo Plínio Abreu)
domingo, 20 de janeiro de 2008
A ESTRANHA MENSAGEM
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