Há uma serpente comprida, comprida
como o temor dos homens,
enrodilhada à porta do Paraíso:
seu venenoso afã
não é propor o fruto proibido
mas, ao contrário, ter
lembrado sempre a medo
o arcanjo com a espada de mil fotos
pronto a expulsaros cobiçosos.
Certo trabalham de comum acordo
essa e a outra
que prepara maçãs para o convite.
Quando ao falado fruto,
a decisão é tua:
tento apenas dizer-te
que as serpentes são duas.
(Geir Campos)
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