Sou menina
Ingênua... Atrevida
Mulher liberta
Quando amada
Se sofrida, tranco-me
Desolada e acuada
Sou dócil como
Ave engaiolada
E traiçoeira
Serpente atiçada
Branda, como a
Calmaria do lago
E feroz como
Um mar bravio
Sou a chama
Inútil da vela
Que tenta em vão
Clarear o dia
E o medo
Na noite sombria
Sou a alegria
Da chegada e a
Triste despedida
Sou bondade
Se preciso for e
Maldade, se ferida
Sou o sorriso
Na face bela
E a lágrima maldita
Sou a luz do sol
E a ventania que
Chega intempestiva
Sou a dor do passado
A esperança perdida
Do meu castelo Rainha
Mas também
Serva e súdita
Sou a felicidade no
Coração que ama
E se magoada
Sou sórdida
Bandida!
(Ginna Gaiotti)
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