domingo, 16 de março de 2008

O SILENCIO...




Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,


quando azuis irrompem
os teus olhos


e procuram
nos meus navegação segura,


é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,


pelo silêncio fascinadas.
(Eugénio de Andrade)

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