terça-feira, 18 de março de 2008

ALGARISMO



Passou no concurso foi trabalhar naquele posto de atendimento da Avenida Olegário Maciel. Sua missão, acompanhar desempenho das máquinas e socorrer dúvidas dos usuários clientes. Tarefa um tanto ingrata, mas se é no Banco do Brasil menos mal, emprego estável.Vou pagar conta de telefone, máquina recusa. Pede que eu digite cada algarismo daquele enorme código de barras. Sigo instrução, máquina recusa. Ele á nova na idade e na missão. Isabel ri, pede a conta e diante da máquina mostra serviço. Posiciona o código, máquina recusa. Olha para mim e diz que isso é normal, acontece. Digita aquela quantidade de algarismos, máquina recusa. Estamos os dois decididos a desprezar aquela máquina. Vamos para outra que age da mesma maneira. E assim passamos por três ou quatro máquinas. Pronto para desistir, mais pelo desalento da Isabel, digo-lhe que é assim mesmo, acontece. Ela não aceita. De repente Isabel pede para tentar pela última vez. A máquina aceita. Pergunto o que ela fez. Seu riso é alegria alívio vitória. Mostra aquele algarismo que está assim meio apagado. Ao invés de três, digitou oito. A danada da máquina aceitou e consegui pagar a tal conta.
Belo Horizonte, 13 março 2008
(Escrito por Cadinho RoCo)

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