quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Antônio Poeta




INTRÓITO DO AUTOR:
Alguns anos após o drama da viuvez e de me ver totalmente sozinho para cuidar e criar minhas filhas, nessa época uma contando seis anos e a outra onze anos, iniciei a experimentar toda uma sensibilização interior quase que transcendente, principiei a sentir uma inspiração cada vez mais latente de escrever e mostrar todo o meu conteúdo consciêncial, enfim, as minhas convicções e saberes, meus sabores e dissabores. Falar das coisas que eu vivi e vi; dos meus erros e acertos; formar opinião e apresentar a minha pessoa, às tapas e aos beijos, ponderando um pouco sobre tudo. Entretanto, esse “sonho” só passou a concretizar-se dez anos após essa época, já estando eu com 48 anos de idade.
Opinar, (filosofar; prosear; analizar) em pensamentos e crônicas, era o meu desígnio e alvo primeiro, não obstante, no decurso desses rascunhos, algo me provocava a composição de alguns escritos versejados (poesias). Inquiria de mim para comigo: Como alguém que se inicia a escrever raiando os 50 anos pode se transformar em um formador de opinião, usando como ferramenta para tal, apenas os seus ensaios literários, nunca dantes levados à prova e, sobretudo, tornar-se um Poeta?
Óbvio, que não obtive respostas a nenhuma das perquirições citadas, entretanto, birrento como sempre fui e sou, insisti e persisti em minhas grafias filosóficas e poéticas. Sejam em forma de pensamentos, crônicas ou poemas, transcrevo aqui neste espaço-web o conteúdo de minha consciência, e sendo assim, este site sou eu, melhor, ele é o meu eu e eu sou ele!
Sem qualquer técnica literária, escrevo por percepção, sobre todas as coisas que aprendi e apreendi, e que intuo e que intui. Não sou muito de rebuscar palavras ao escrever, já sentimentos sempre. E o mais importante de tudo: Não julgo ou prejulgo criaturas ou organizações, excepcionalmente opino, indo do impudico ao espiritual; do banal ao intelectual, em meus comentos, me desnudando por completo. Perdoem-me, se estiver censurável em quaisquer de minhas abordagens, sob formas de conclusões, sentimentos e, principalmente, se eu induzir alguém ao erro, intermediado por meu filosofar ou poetar, pois não o faço por irresponsabilidade, maldade ou vaidade, e sim, por uma quase que absoluta credulidade nas convicções assimiladas por mim, nesse meio século de meu existir. Minhas duvidas decorrem da constatação que tenho, de ser um individuo atentado... Aliás, em verdade, todas as pessoas que lidam e despertam convicções e emoções, são atentadas. Atentadas por outros indivíduos encarnados como ela, e ainda, por espíritos desencarnados, que a modelo dos encarnados, ambicionam verem as suas opiniões relatadas e divulgadas. Sendo assim, óbvio, que parte desses dois grupos ao não se sentirem contemplados por meus escritos, sempre estarão a me espreitar e atentar. Xô, cambada de chatos visíveis e invisíveis e sustem de me emboscar!
Não possuindo a modéstia e sabedoria do pródigo Sócrates, que dizia: Só sei, que nada sei. Opto eu, por afirmar: Só sei, que sei, porém, não sei, como sei, mas sei, que se precisar, meu sentir reformar, por força de nova convicção, não me melindrarei e francamente o farei, pois também sou camaleão.
Escrever, sob a forma de pensamentos, crônicas, versos e contos, ascendeu minhas melhores resoluções globais, e ao mesmo tempo, estorvou minhas más inclinações... Filosofar e Poetar, é a minha forma de deixar a alma em forma!
Que Deus abençoe a mim, as minhas filhas e aos meus netinhos... Que Deus abençoe você, que me lê nesse momento!!!


MINHA VONTADE PÓS MORTE:
- Para minhas filhotinhas: Com certeza, eu vou fazer de tudo para quando retornar por aqui, vir novamente em relação de sangue e amor com vocês, pois foi a coisa mais adorável da minha vida, servir, proteger, zelar e promover vocês duas.
- Aos meus netinhos: A chegada de vocês, brindou por completo a minha existência... Deus é Maravilhoso!

- Que este Portal e todo seu conteúdo não seja retirado do ar.
- Para minhas vitimas: À aqueles aos quais eu tiver prejudicado, por quaisquer motivos que sejam, encarnados ou já desencarnados: Perdão... Perdão... Perdão!!!
- Em meu velório e sepultamento: Não quero choros nem sofrimentos. Quero muita poesia, filosofia e alegria, afinal, quem morreu foi tão somente meu corpo, e quem me ama, ama na verdade a minha essência, e esta, logo estará reencarnando por estas paragens novamente, não é verdade?
- Quero todas as mulheres que forem ao meu enterro trajando vestidos decotados.
- Adoraria que na minha capela tivesse um som ambiente bem baixinho, tocando Bossa Nova o tempo todo, mas, não muito baixo, pois sou meio surdinho.
- Aqueles que quiserem ler minhas poesias e pensamentos, fiquem a vontade, pois não vou estar com pressa alguma de ser enterrado.
- Quando estiver descendo à tumba, não precisa me jogar flores... Prefiro que me joguem beijos.
- Dispenso também as coroas de flores, me bastam as coroas "Lobas" que lá estarão. Velas, nem pensar, sou bem consciente que a luz que levarei pra lá, será a luz que conquistei por cá, e também, aquele formato da vela, não me atrai nem um cadinho.
- Gostaria de ter minha alma encomendada por um Espírita.
- Não quero missa de sétimo dia, de mês ou de ano, quero apenas preces dos amigos, quando se recordarem de mim.
- Não quero saber de homem chorando, pois vou achar que choram de alegria, por eu ter me ido e deixado toda a mulherada pra eles.
- Confortem e acarinhem muito as minhas filhinhas, pois elas sempre foram a razão e emoção de minha vida.
- As minhas "ex" que lá estiverem, entendam em definitivo, que se não deu certo pra gente, a culpa sempre foi minha, pois todas vocês, sem exceção, são mulheres incriveis.
- Se eu apresentar erecção dentro do caixão, e isso, provavelmente vai ocorrer, em virtude de tanta mulher linda e gostosa ao meu lado, me cubram, pois sou um poetinha muito timido.
- Se de repente eu iniciar a rir em meu próprio velório, não se assustem; não corram, pois será o Vinícius de Moraes e o Noel Rosa, que vão estar lá fazendo palhaçadas pra eu me descontrolar e gargalhar.
- Beijos no coração de cada um dos que lá se fizerem presentes, física ou mentalmente, nesta minha última grande sacanagem dessa atual encarnação: Morrer, é uma sacanagem com aqueles que nos amam, não é verdade?
(Antônio Poeta)
Homenagem que o Blog Meu Sonho faz ao Poeta Antônio Poeta, uma forma de agradecimento a sua atenção para comigo e com muitos poetas. Minha Eterna Gratidão
Graciela da Cunha

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