quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Súplica




Quero o acalanto que cala

O clamor do coração,

Eu quero ouvir sua fala

Sussurrando em meu ouvido

Juras de amor e paixão!




Quero o abraço que enlaça,

Como um laço dado em nó,

Eu quero vinho na taça,

Ver você, toda sem graça,

Ser todinha, minha só!



Quero sentir a alvorada

Chegando bem de mansinho

Acendendo o nosso ninho

Ao romper da madrugada!




Quero ouvir a passarada

Pousada nos mangueirais,

Arruaças de pardais

Anunciar novo dia

Com seus cantos matinais!

E nesse exato momento,

Antes que o dia dispare

Suplico em juramento,

Rogo que o tempo pare,

Não acabe nunca mais!

(Antonio Manoel Abreu Sardenberg)

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