quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Poesia Virgem

Que poesia espera
A virgem negra
Guardiã de Pandora
Para colocar na ara
Dos sacrifícios
Sua mística de inocência
Seu tesouro
Único e mudo?
Que silêncio é a arte
Profana do sacerdote
Tomando as primícias?
Que silêncio este que explode
Em cada corpo impoluto?
Que vãs palavras
Vãs no perímetro da minha voz
E teu sentir
Poderão seduzir
De ouvido
O que só a magia estática
Do indizível
Pode murmurar?
(Luanda, 2006 - Manuel Dionísio)

0 comentários: