domingo, 13 de janeiro de 2008
O ar estava quieto
Um ou outro gorjeio no silêncio.
Parei os sentidos para ouvir o tempo.
Sem mover-me.
Sem nenhum ruído
Segui os passos dos meus pensamentos,
cautelosa, pela trilha aberta, caminhei.
Segui em silêncio.
Nos minutos passados a ansiedade presente.
Pelas frestas de meus olhos surgiu
a primeira luz da aurora.
Passeavam diante de meus olhos
meus maiores sonhos.
Quimeras queridas e não realizadas
que me diziam da possibilidade do impossível...
Sem realizá-los sou incompleta,
preciso continuar a obra da vida,
produzir loucamente,
dar-me de presente a paz do outono,
pois a vida é vivida em retrospecto,
ainda que eu a viva para a frente.
Escolho viver.Viver os riscos.
Sem peia nem teia,
Escolho a alegria, o sorrir....
Escolho o amor que há em mim!
Escolho arriscar,
experimentar,
sem ter certeza de nada...
Quero é aprender, chorar, sofrer, crescer,
quero me envolver, saber viver e morrer,
quero o sorriso da pálida lua que se despede
com a primeira luz deste amanhecer.
(Delasnieve Daspet)
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