alheio ao carnaval que corria.
morri de beijo perdido.
e nunca mais voltei...
passo agora, horas a fio,
tecendo grafias em queixumes de vento.
morri sem avisar.
enquanto vestia minha fantasia de
rendas em frente ao mar...
a alguém fiquei devendo um
lírio branco.
não sei se pago.
amanhã, mais uma vez,
em nome de iemanjá,
volto a ser este mesmo dia:
mãos frias de indiferença e sopro
breve de andorinha triste.
morri enquanto morria.
(Marcos Caiado)
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