sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

GINNA GAIOTTI

Estou sempre dando adeus:
também ao desencontro e ao
desencanto.


Estou sempre me despedindo
do ponto de partida que me lança de si,
do porto de chegada que nunca é
aqui.


Estou sempre dizendo adeus:
até a Deus,
para o reencontrar em outra esquina
de adeuses.


Estarei sempre de partida,
até o momento de sermos deuses:
quando me fizeres dar adeus à solidão
e à sombra.
(Lya Luft)

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